sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Lusofonia: Série documental retrata os países de língua portuguesa

Coloco-vos aqui o conteúdo da ligaçom que me enviou o Óscar, da turma das 9 da manhá, sobre um documentário produzido pola TVG, dedicado aos países de língua oficial portuguesa. Parece muito interessante. O primeiro capítulo é amanhá, sábado, às 16 horas.

Lisboa, 20 de Fev (Lusa) - "Terras do Acolá" é uma série documental sobre a realidade dos oito países de língua oficial Portuguesa, produzida pela TV Galiza e hoje apresentada em Lisboa.

Com um orçamento que atingiu quase meio milhão de euros, de acordo com o realizador do documentário, Luís Menéndez, a série assume um carácter "intemporal", que congrega o lado pitoresco às realidades sociais, políticas e económicas dos países lusófonos.

"Tentámos aprofundar os conhecimentos sobre os países lusófonos, dando a conhecer as suas particularidades: a língua, os costumes, as rotinas, as gentes e as tradições. Quisemos ir além do que normalmente se transmite ao captar um ponto de vista turístico mais aprofundado", explicou Menendez à Agência Lusa.

Para o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o cabo-verdiano Luís Fonseca, também presente na apresentação da série, trata-se de "uma manifestação de grande interesse da Galiza pelos países lusófonos, fruto de uma série de afinidades geográficas e históricas".

«`Terras do Acolá` é um trabalho muito bem conseguido e equilibrado, que respeita a diversidade e desperta o interesse das pessoas para estas realidades, contribuindo muito para que os próprios povos da CPLP se conheçam», afirmou Luís Fonseca, lamentando que não surjam mais iniciativas deste género.

Depois de "Terras de Merlim", sobre os povos celtas, e "Terras do Leste", referente aos novos Estados membros da União Europeia, a TV Galiza apresenta em "Terras do Acolá" 13 episódios, com a duração de 26 minutos cada, uma perspectiva sobre os oito países da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Princípe e Timor-Leste.

Na apresentação do documetário, o director da TV Galiza, Jesus Manuel Iglesias, falou da ligação dos galegos ao mundo lusófono, no qual disse sentir-se "naturalmente integrado", sobretudo no que diz respeito a Portugal.

Por seu turno, José Fragoso, director de programas da RTP, referiu a importância da apresentação do documentário feita em Portugal, o que traduz o empenhamento do país neste tipo de trabalhos.

"São histórias que vão atrair os portugueses", afirmou, acrescentando que a exibição daquela série documental na RTP, RTP África e RTP internacional, está programada para Março.

Ler mais...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Já temos sala de auto-aprendizagem na Escola, e sessons gratuitas de formaçom

Tenho comprovado que a alguns e algumhas de vós as novas tecnologias parecem-vos um bocado complicadas ou nom as tendes incorporado como ferramenta de aprendizagem. Se quigerdes corrigir essa situaçom, é o momento. A Escola vai oferecer sessons formativas dirigidas ao alunado às terças, às quartas e às quintas-feiras, no novo laboratório habilitado como sala de auto-aprendizagem.

Acho que é umha boa notícia que, se tiverdes tempo e vontade, nom devedes perder. Às terças-feiras, as sessons vam ser de 18 a 20 horas, enquanto às quartas será em horário de manhá, de 11h30 a 12h30. Às quintas, podedes frequentar o laboratório 2 com assistência formativa de 17 a 20 horas, sempre no momento que vos der mais jeito.

Até vai ser possível pedir cursos específicos de formaçom em novas tecnologias, tais como de Office, de navegadores para Internet, de segurança, de gravaçom de cd's e dvd's, etc.

Auto-aprendizagem

Quanto ao uso do laboratório 2 como sala de auto-aprendizagem, terá os seguintes horários:

Segundas-feiras, de 18h00 a 20h00,
terças-feiras de 12.00 a 13.00 e de 20h30 a 21h30,
quartas-feiras de 12h30 a 13h00 e de 19h00 a 20h00,
sextas-feiras de 12h00 a 13h00.


Nessas horas, tendes à vossa disposiçom 21 computadores com ligaçom à Internet e umha mediateca com que poderedes fazer prática autónoma em português, por exemplo, fazendo e escuitando as vossas próprias gravaçons, ou acedendo ao curso on line 'Português para nós', que já conhecedes. Pouco a pouco, espero que consigamos outros materiais específicos para a aprendizagem do português.

Ler mais...

Hoje, debate sobre a história de Ferrol no Ateneu (nom temos aula às 19 horas)


Como já vos tenho comentado, hoje há um debate organizado pola Equipa de Normalizaçom Lingüística da nossa Escola. A iniciativa fai parte do Fiadeiro, um programa de debates sobre diferentes temas que tencionam favorecer o uso oral do galego.

A sessom que na semana passada dedicamos à história de Ferrol, no laboratório de idiomas e com ajuda da Internet, pretendia preparar minimamente a vossa participaçom no debate de hoje, que decorrerá a partir das 19h30, no Ateneu Ferrolano, após a conferência de Guillermo Lorca sobre o mesmo tema.

Por causa disso, hoje nom temos a aula das 19 horas, já que eu tenho que estar lá para moderar o debate. Espero que vos animedes e nos vejamos no Ateneu. Na turma das 16 horas, temos aula com normalidade, e admitimos que venha também o pessoal das 19h.

Ler mais...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Aberto o prazo para se inscrever na viagem ao Porto e Guimarães

Tal com temos falado desde o início das aulas, a minha intençom é fazermos ao menos umha viagem por ano a Portugal ou a outro país lusófono que decidamos. A deste ano está já em período de preparaçom. Será no último fim-de-semana de Abril e visitaremos Guimarães e o Porto.

A viagem é co-organizada entre o Departamento de Português e a Fundaçom Artábria, umha entidade da nossa cidade que costuma orientar o seu trabalho cultural a Portugal e aos países lusófonos.

Sairemos no dia 26 bem cedo e na mesma manhá desse sábado visitaremos a cidade medieval de Guimarães, primeira capital portuguesa. Ali comeremos e depois já sairemos para o Porto, onde haverá várias visitas interessantes a fazer.

Ao chegarmos, depois de passarmos polo hotel, visitaremos a zona da Torre dos Clérigos, a Livraria Lello & Irmãos, a Avenida dos Aliados e a Estação de São Bento. A seguir, atravessaremos para a outra margem do Douro e visitaremos as caves do famoso vinho do Porto.

A tardinha e noite ficará livre e na manhá seguinte teremos umha visita guiada ao centro histórico portuense. Depois poderemos optar entre umha viagem de barco polo Douro ou umha visita ao Palácio de Cristal e/ou o edifício da Bolsa, umha das primeiras da Europa e de bastante qualidade artística.

Depois de comermos e darmos um passeio, voltaremos para a Galiza para chegarmos por volta das 21 horas.

Esse é o programa previsto, mas está ainda aberto às vossas sugestons. De qualquer maneira, abre-se agora o prazo para vos inscreverdes. Lembrai que é possível trazer amizades, mesmo que não estudem na Escola de Línguas, e que o preço vai ser bastante barato (50 €, que incluem autocarro, hotel e pequeno-almoço).

Bom, continuaremos a informar aqui, mas se alguém quiger falar do assunto, é só passar polo Departamento de Português da Escola ou ligar para o número 696 55 00 56.


Ler mais...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Estamos de exames

Como sabedes, estamos com as provas de Fevereiro. Hoje, compreensom auditiva e expressom escrita. Na próxima segunda, compreensom de leitura e expressom oral. Nas sessons entre esta segunda e a próxima, vamos aproveitar para ver um documentário intitulado 'Língua. Vidas em português', de que já falámos numha postagem anterior, e para dedicar umha aula ao Fiadeiro Virtual (mais informaçom aqui), que neste mês é dedicado a Ferrol.

Ler mais...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Como os espanhóis vêem Portugal



Nom sei se tínhades visto este míni-documentário de Informe Semanal, na TVE, de 8 minutos e meio dedicados a Portugal e a umha eventual integraçom ibérica. Dá para vermos a visom que os espanhóis tenhem de Portugal e também ao contrário, sempre com o 'mercado' como pano de fundo.

O curioso do assunto é que a Galiza e a nossa particular posiçom entre Espanha e Portugal nom aparece para nada. Curioso, mas habitual, ficarmos de fora de qualquer estratégia ou reflexom sobre a identidade espanhola...

De resto, reparai na reflexom lingüística de um par de turistas em Lisboa, com certo ressaibo a desprezo polo português face ao espanhol, "un poco más internacional".

aqui o resto que nom se vai ver

Ler mais...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Compreensom auditiva: Portugal também tem Entrudo! (e nom só em Trás-os-Montes)

Já temos comentado que o nome mais utilizado em Portugal para denominar as festas destes dias é 'Carnaval'. É essa umha festa cada vez mais parecida com a brasileira lá (e também cá). Mas também falámos da existência, no norte do país, de locais onde se conserva o Entrudo tradicional. E disso que trata esta reportagem emitida no ano passado pola RTP, dedicada a o Entrudo na Guarda, na regiom da Beira Alta.

Está dividida em três blocos, que duram a todo uns 23 minutos. Mas nom é só verdes o vídeo. Proponho-vos um teste sobre compreensom auditiva, ok?

O teste tem nove perguntas de escolha múltipla. Há quatro respostas para cada pergunta, e só umha delas é correcta. Boa sorte!

1ª parte (1 minuto e 3 segundos)


2ª parte (10 minutos e 56 segundos)


3ª parte (9 minutos e 52 segundos)




Ler mais...

O Entrudo: A Tradição em Trás-os-Montes

Reproduzimos aqui um texto sobre o Entrudo na regiom portuguesa mais próxima da Galiza: na maneira como falam, na paisagem, nos costumes... e no Entrudo. Reparai na referência à rivalidade entre 'compadres' e 'comadres', tradicional em Entrudos galegos como o de Monforte, para já nom falarmos da ritual carne de porco, protagonista gastronómica do Entrudos galego e transmontano.

Espero que achedes interessante.

O Entrudo
A Tradição em Trás-os-Montes

Ainda resistem em Portugal algumas celebrações do Entrudo que mantêm a sua singularidade, de acordo com as nossas tradições. Em Trás-os-Montes contam-se pelo menos três: Lazarim, Vinhais e Podence.

Em Lazarim, o Entrudo é uma festa local, quase privada, cuidadosamente preparada nas semanas que a antecedem. O ponto alto é a leitura pública das «deixadas», testamentos que dividem simbolicamente um burro pelos rapazes e raparigas da aldeia. Jocosas, trocistas e irónicas, são preparadas em segredo pelos mais novos, que muitas vezes recorrem à sabedoria e conhecimento dos mais velhos, repetindo a tradição. Os testamentos são ouvidos em silêncio pelos mascarados para não serem reconhecidos pelas vítimas das suas diabruras.

Mas a festa não fica completa sem o Desfile de Caretos, o Concurso de Máscaras (feitas em madeira pelos artesãos locais) e a Queima dos Compadres - o compadre e a comadre, dois bonifrates carregados de pólvora e que, na terça-feira, põem ponto final à festa e à rivalidade que durante várias semanas opôs rapazes e raparigas.

Fundamentais são também as refeições cerimoniais à base de carne de porco, que marcam o início do período de abstinência da Quaresma.

Se o discurso jocoso e a troça pública marcam o momento mais significativo do ritual carnavalesco de Lazarim, em Vinhais e Podence é o movimento e a acção endiabrada dos mascarados que predomina.

A acção dos diabos de Vinhais já não produz hoje os efeitos temidos de outrora, quando as raparigas não se atreviam a sair à rua. O ritual de punição e correrias pelas ruas da vila é hoje uma manifestação tímida e cada vez mais incerta, com não mais do que uma dezena de mascarados.

Mas, em Podence, pequena aldeia situada a poucos quilometros de Macedo de Cavaleiros, a tradição está de boa saúde e conserva ainda uma boa parte da licenciosidade «selvagem» que sempre a caracterizou.

Os dias grandes da festa são o Domingo Gordo e Terça-feira de Carnaval e os Caretos só param para matar a sede ou para combinarem mais uma investida sobre o Largo da Capela, a pequena praça da aldeia onde todos assistem ao ritual.

Às iras dos Caretos endiabrados ninguém se atreve a opor-se. Apenas as Matrafonas (raparigas disfarçadas de homens e vice-versa) são poupadas à sumária justiça carnavalesca, assaz singular no caso da aldeia transmontana: os demónios mascarados lançam-se ao assalto das moças e encostando-se a elas, ensaiam uma dança um tanto erótica, agitando a cintura e fazendo embater os chocalhos que trazem pendurados contra as ancas das vítimas.

Na investida bárbara que faz ecoar por toda a aldeia o alarido dos chocalhos e o tropel surdos dos passos, os Caretos levam tudo pela frente, indistintamente. Por detrás da máscara de latão os olhos procuram muitas vezes as moças mais apetecidas, quer sejam da terra ou de fora, para o sacrifício. Não conhecem entraves ou proibições: subir às varandas, trepar aos telhados ou correr pelo Largo da Capela. Tudo vale para «chocalhar» e misturar o tilintar dos chocalhos com os risos das raparigas.

Na Terça-feira Gorda, a aldeia mergulhará novamente numa vertigem de correrias e travessuras que só terminarão com o cair da noite e com o cansaço dos demónios de fatos de franjas de cores vivas.

Texto retirado de aqui.

Ler mais...

Sobre a origem das palavras 'Carnaval' e 'Entrudo'

Só por curiosidade, coloco-vos a explicaçom que aparece no site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, sobre as duas denominaçons que se dam em português à festa das

Carnaval e Entrudo

E, como estamos em tempo dele, saibamos que há pelo menos duas explicações para a origem da palavra Carnaval. Uma considera que a palavra provém da expressão latina carne, vale!, com o significado de "adeus, carne!"; outra, que a palavra chegou ao português por via francesa, do italiano carnevale, procedente de carnelevare, que significava "rejeitar a carne", formada do latim carne(m) levare (suprimir ou tirar a carne).

A palavra Carnaval, efectivamente, designava apenas a última terça-feira desse período que começa no Dia de Reis e vai até à Quaresma. Ora, segundo o preceito católico, essa terça-feira era o dia de dizer adeus à carne (comida, festas, luxúria...), porque se ia entrar num tempo de abstinência logo no dia seguinte, quarta-feira de cinzas. Posteriormente, a palavra Carnaval passou a designar todo o período de festas, persistindo a percepção da sua relação com a carne, mas desaparecendo o significado do adeus ou da supressão. Aliás, dá-se o nome de "gordo" aos dias que precedem a entrada na Quaresma, nomeadamente o "domingo gordo" ou a "terça-feira gorda". Dias gordos são os dias de carne, em oposição a dias magros ou dias de peixe, em que a Igreja prescreve a abstinência de carne.

Quanto a Entrudo, é a antiga denominação portuguesa para esse tempo de três dias de divertimento que precedem imediatamente a entrada da Quaresma. Esse termo provém do latim introitus, que significa "entrada". A palavra Entrudo começou por designar apenas a noite de terça-feira, portanto, de entrada na Quaresma, mas, posteriormente, alargou-se ao período desses três dias, de domingo a terça-feira. Essa palavra passou a ser substituída pela palavra Carnaval a partir do século XVIII.

Texto retirado de aqui.

Ler mais...

Cristina Branco canta José Afonso


Aqui vos ponho um vídeo-clip da Cristina Branco, a cantar um clássico do Zeca Afonso: Avenida de Angola. Abaixo tendes a letra.

Reparai nos nomes relacionados com o campo semántico das roupas: o 'botão de punho'(cada um dos dous botons que apertam o punho da camisa, com funçom também estética), o 'alfinete de dama'(também chamado 'de ama', gancho ou alfinete duplo cuja ponta encaixa numha cavidade aberta na extremidade oposta, usada originariamente nas fraldas dos bebése), 'capulana' (peça de tecido com que as mulheres cobrem o corpo desde a cintura até abaixo dos joelhos, ou também o tronco), 'algibeira' (bolso de um casaco, de umhas calças, etc)...

Enfim, espero que gostedes.

Ah, um 'coreto' é aquela construçom que há no nosso Cantom de Molins, e em muitos parques públicos, utilizada como cenário para actuaçons musicais ou de outro tipo.

Avenida de Angola (José Afonso)

Dum botão de branco punho
Dum braço de fora preto
Vou pedir contas ao mundo
Além naquele coreto

Lá vai uma lá vão duas
Três pombas a descansar
Uma é minha outra é tua
Outra é de quem n'a agarrar

Na sala há cinco meninas
E um botão de sardinheira
Feitas de fruta madura
Nos braços duma rameira

Lá vai uma lá vão duas...

O Sol é quem faz a cura
Com alfinete de dama
Na sala há cinco meninas
Feitas duma capulana

Lá vai uma lá vão duas...

Quando a noite se avizinha
Do outro lado da rua
Vem Ana, vem Serafina
Vem Mariana, a mais pura

Lá vai uma lá vão duas...

Há sempre um botão de punho
Num braço de fora preto
Vou pedir contas ao mundo
Além naquele coreto

Lá vai uma lá vão duas...

Ó noite das columbinas
Leva-as na tua algibeira
Na sala há cinco meninas
Feitas da mesma maneira

Lá vai uma lá vão duas...

(José Afonso)

Ler mais...