domingo, 30 de março de 2008

Assuntos tratados na reuniom de participantes na viagem ao Porto e Guimarães

Como sabedes, para a passada sexta-feira estava convocada umha reuniom das pessoas que vamos participar na viagem de estudos ao Porto e Guimarães, prevista para 26 de Abril e co-organizada polo Departamento de Português da EOI de Ferrol e pola Fundaçom Artábria.

Na reuniom, participamos 13 das 58 pessoas que estám inscritas na viagem. Eu, o Joám e a Pim (aluno e aluna da turma das 19h), que estamos a colaborar na organizaçom da viagem, informamos do estado actual da mesma, em relaçom ao alojamento, às visitas e a outros assuntos pendentes.

Em concreto, em relaçom ao alojamento, a reserva foi feita em quatro hotéis diferentes do centro do Porto: o Hotel Peninsular, o Residencial JFB, o Hotel Nave, e o Residencial Porto Novo.

No Hotel Peninsular, temos reservados 8 quartos duplos e 4 quartos triplos (total 28 pessoas); no Residencial JFB, 3 quartos duplos e um triplo (9 pessoas); no Porto Novo, 4 quartos duplos (8 pessoas); e no Hotel Nave, seis quartos duplos e um individual (total, 13 pessoas).

Entre as pessoas que assistírom, manifestárom-se algumhas preferências sobre pessoas que queriam estar juntas e em que quartos (duplos e triplos), das quais tomei nota para o termos em conta na viagem.

Saída

A saída será às 7 horas da manhá na praça do Inferninho (ao pé da paragem de táxis). A pontualidade é importante, para podermos cumprir com as actividades e visitas previstas.

Visitas do sábado

Quanto às visitas, está pendente de confirmar a visita guiada ao centro histórico de Guimarães, bem como ao Palácio dos Duques. Também levaremos informaçons sobre restaurantes, já que vamos comer lá. Esperamos chegar polas 10h30 (hora portuguesa) a Guimarães, comer polas 13h30 e continuar caminha ao Porto polas 15h30.

Ao Chegarmos ao centro do Porto, cada grupo irá para o seu hotel (som todos centrais) e combinaremos logo para a vista às caves do Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia. Esperamos que dê tempo a fazer a seguir o cruzeiro polo Douro (10 euros), ficando depois disso o tempo disponível para cada qual, nom havendo mais actividades programadas até as 10 da manhá de domingo.

Tentaremos dar algumhas informaçons sobre lugares onde cear ou tomar uns copos...

Visitas do domingo

Às 10 da manhá, portanto, faremos a visita guiada pola cidade velha, concluindo no Palácio da Bolsa, onde por volta do meio-dia também teremos umha visita com guia, que tem umha duraçom de 30 minutos, aproximadamente, e um custo de aproximadamente 2 euros.

A seguir, iremos comer, ficando tempo depois para visitar os jardins do Palácio de Cristal ou ruas de passeio como a Santa Caratarina, até às 16 horas, em que sairemos de volta para a Galiza.

Entre as decisons tomadas, está a de que todo o pessoal me dê o número de telemóvel, para assim estarmos localizáveis em todo o momento.

Esperamos poder cumprir todo o programa, mas sempre poderá acontecer algum imprevisto que nom no-lo permita, claro.

Também insistimos em que toda a actividade programada seja desenvolvida em português, nomeadamente as visitas guiadas. Seria bom que, além dos alunos e alunas, também o resto de acompanhantes falassem galego para facilitar a comunicaçom e evitar que os portugueses e as portuguesas passem para o espanhol.

Nom fim de contas, é umha viagem de estudos, nom é?

:-)

Continuaremos informando...



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sexta-feira, 28 de março de 2008

O escritor portuense Manuel Jorge Marmelo visitou a nossa Escola

O conhecido escritor português Manuel Jorge Marmelo, autor de obras tam bem sucedidas como As mulheres deviam vir com livro de instruções, estivo nestes dias na Galiza. Sabendo disso, tivem ocasiom de conseguir que ele vinhesse visitar-nos à Escola, embora sem a antecedência suficiente para facilitar que houvesse mais público.

No entanto, para a turma das 19 horas, foi umha boa ocasiom para escuitar umha palestra descontraída sobre a obra e a concepçom do autor em relaçom à literatura e à sociedade portuguesa de hoje. Suponho que os que estivestes coincideredes em que foi umha iniciativa interessante. Quanto a mim, fiquei com vontade de ler mais cousas de Manuel Jorge marmelo.

Para saberes mais deste jovem e prolífico autor de contos, romances, novelas, literatura infantil, crónicas e reportagens, podes visitar o seu web.

Também aproveito este post para agradecer ao Manuel Jorge Marmelo a sua amável colaboraçom com o nosso processo de aprendizagem de português. Sem dúvida havemos de coincidir novamente no futuro com este bom amigo da Galiza.

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quinta-feira, 27 de março de 2008

Reuniom das pessoas que vamos de viagem ao Porto e Guimarães

Lembro-vos que amanhá, sexta-feira, às 19 horas, temos reuniom para falar de todo o relativo à viagem agendada para 26 de Abril ao Porto e Guimarães. Em princípio, vamos reunir-nos na sala de actos, no rés-do-chao da Escola.

A reuniom servirá para informar sobre os horários, visitas e actividades previstas, alojamento, etc, bem como para decidir alguns pormenores pendentes. Acho interessante virdes mas, se nom puderdes, eu resumirei nas aulas toda a informaçom e decisons tomadas, ok?

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quarta-feira, 26 de março de 2008

Os portugueses e o galego

Alunos da turma da manhá falárom-me de um artigo de opiniom publicado no dia 24 no jornal La Voz de Galicia sobre o português, o galego e o espanhol, a olhos da populaçom portuguesa. Um tema interessante, do qual temos falado nalgumha ocasiom nas aulas; por isso vos coloco o tal artigo, do escritor ferrolano Xavier Alcalá, para quem, como eu, nom o tivesse lido.

Os portugueses e o galego

La Voz de Galicia vén de publicar unha interesante reportaxe sobre as ferias (e nalgún caso feiras) dos galegos en Portugal. Preguntados hostaleiros portugueses acerca da lingua en que prefiren que se lles fale, trunfa «o castelhano». Segundo un entrevistado, porque, por exemplo, os portugueses confunden o xantar de aquén do Miño co «jantar» de alén. Seica prefiren oír «cena» en castelán, que significa «escena» en portugués: iso (¡oh, misterio das falas!) non induce a erro.

No miolo de respostas de tal guisa está o profundo complexo de inferioridade lingüística de boa parte dos portugueses, alimentado por unha perversa política nacionalista lisboeta. Todo o que vén do Norte chéiralles mal aos estremeños que impuxeron por vía administrativa a súa fala mestiza, tocada de mozárabe e árabe, impregnada de castelán. O Norte son as orixes; alí, na «Galiza» (que é a matriz) dicíase «leituga», mais cómpre dicir «alface». O Norte asusta coa memoria da fala primixenia; e resulta moito máis interesante tentar o «portunhol» do que se mofan quen teñen por fala natural o castelán.

Contrasta con esta postura a dos portugueses cultos, e as de brasileiros e africanos coñecedores do galaico-portugués que une a galaico-lusofonía universal. Eses gozan co galego pois saben que «todo el está contido no portugués» segundo Guerra da Cal... É grande mágoa o se falar tanto de irmandade e eurorrexión en canto os Gobernos nada fan por esclareceren para o pobo o que as elites intelectuais teñen tan claro.

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domingo, 23 de março de 2008

Portugueses em Angola (e III)



A terceira parte da reportagem sobre os portugueses na Angola de hoje nom dá para um teste de compreensom, pois é bastante breve, mas tem interesse vermos como termina a história, nom tem?

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Curta-metragem brasileira ganhou concurso do YouTube

O concurso Project Direct é promovido polo Youtube e a curta-metragem ganhadora é exibida no Sundance Festival, o maior festival de cinema independente dos Estados Unidos. Talvez o esperável fosse ganhar umha produçom em inglês, mas umha curta brasileira deu a surpresa, ganhando o primeiro prémio dentre 20 finalistas. Queredes vê-la?

No concurso participárom países como os Estados Unidos, Brasil, Canadá, França, Itália, Espanha e Reino Unido. As 20 curta-metragens finalistas fôrom escolhidas por um comité presidido polo cineasta Jason Reitman. O segundo e o terceiro prémios fôrom, sim, para fitas norte-americanas, mas o primeiro foi para umha brasileira e filmada, portanto, em português.

O filme ganhador dura 6 minutos e 43 segundos, a filmagem foi no Rio de Janeiro e custou 1.500 reais. O prémio em dinheiro que a equipa irá receber é de 5.000 dólares (8.900 reais).

Estades com vontade de o ver, nom estades? pois aqui o tendes (acho que se percebe muito bem):



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quarta-feira, 19 de março de 2008

Compreensom auditiva: Portugueses e portuguesas em Angola (II)


Continuamos com a reportagem sobre os portugueses e portuguesas em Angola. Outros 10 minutos seguidos por outras quatro perguntas de escolha múltipla.









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terça-feira, 18 de março de 2008

Compreensom auditiva: Portugueses e portuguesas em Angola (I)


Já sabedes: tendes que ver o vídeo (10 minutos) e depois responder às quatro questons que vos coloco sobre o conteúdo. Mais tarde continuamos com a segunda parte desta reportagem da TVI portuguesa. A diferença neste exercício está em que mudei de formato para o exercício. Acho que este é mais cómodo para vós. Espero que funcione bem e, como sempre, boa sorte!








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Esgotadas vagas para a viagem ao Porto e Guimarães


Ainda continua a haver pessoas que telefonam ou perguntam nos corredores da Escola se é possível increver-se para vir à viagem programada para 26 de Abril. Como já vos tenho comentado em aulas, nom temos mais vagas e. Somos já 58 pessoas inscritas: reconheço que é satisfatório ter encontrado tam boa resposta, mas está a ser umha complicaçom arranjar alojamento para mais pessoal do previsto.

Em definitivo, espero que afinal nom haja problemas, mas as minhas previsons ficavam muito aquém das 58 vagas. Julguei que fôssemos ser um grupo pequeno, e agora há que conseguir que o plano de visitas e o alojamento mantenham a qualidade prevista.

Lembrai que no dia 28 de Março, às 19 horas, temos umha reuniom na sala de actos da Escola para tratar de todo o relativo à nossa viagem e aí esclareceremos os pormenores e dúvidas que ainda existam.

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sexta-feira, 14 de março de 2008

Acordo ortográfico entra em Portugual com um período de adaptaçom de seis anos

Já temos falado nalgumha ocasiom do acordo ortográfico que os países lusófonos aprovárom em 1990 sem conseguirem aplicá-lo até hoje. Portugal, que tem sido o mais renitente, parece agora disposto a o implementar num período de seis anos, segundo a proposta do Governo de José Sócrates. Coloco-vos aqui umha interessante notícia relacionada com a ediçom de novos materiaias consoante as novas normas ortográficas, que incluem pequenas moficaçons que unificam a escrita em Portugal, no Brasil, e na África de expressom portuguesa.

Três ferramentas para a Língua Portuguesa pós-Acordo Ortográfico

Os novos dicionários com as alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de há 17 anos vão estar à venda a partir de amanhã. Após o Governo ter aprovado para ratificação o segundo protocolo modificativo do acordo, a Texto Editores lança agora dois dicionários e um guia conformes com as alterações previstas para a nova grafia do Português.

Os novos dicionários vão sistematizar as alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico que desde 1991 espera por entrar na vida dos portugueses.

O Governo de José Sócrates estabeleceu um período de seis anos para a adaptação às alterações introduzidas na grafia e até que estas, sem pressas, sejam adaptadas pelos editores e ensinadas nas escolas. No entanto, a partir desta sexta-feira, dois dicionários (uma versão de luxo e outra de uso corrente) e um "guia" vão estar à disposição de todos os clientes da língua portuguesa.

"Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Conforme Acordo Ortográfico" (edição corrente), "Novo Grande Dicionário da Língua Portuguesa - Conforme Acordo Ortográfico" (edição de luxo) e "Atual - O novo acordo ortográfico - O que vai mudar na grafia do português" foi a forma encontrada para designar as três obras prestes a sair para o mercado e para cuja elaboração a editora contou com colaboração dos linguistas João Malaca Casteleiro e Pedro Dinis Correia.

O "Novo Grande Dicionário da Língua Portuguesa" é constituído por mais de 250 mil entradas, divididas em dois volumes, de 1.024 páginas cada. Já o "Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Conforme Acordo Ortográfico", voltado para o uso diário, inclui 125.000 entradas.

O guia "Atual - O novo acordo ortográfico - O que vai mudar na grafia do português" terá como função a consulta rápida sobre as principais alterações introduzidas pelo Acordo de 1991.

Protocolo assinado pelo Governo na semana passada

Na passada quinta-feira, 6 de Março, o Governo aprovou a proposta do segundo protocolo modificativo ao acordo ortográfico da Língua Portuguesa de 1991 e prometeu adoptar as medidas necessárias para "garantir o processo de transição no prazo de seis anos".

"O Estado Português adoptará as medidas adequadas para garantir o necessário processo de transição, no prazo de seis anos, nomeadamente ao nível da validação da ortografia constante dos actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, bem como de bens culturais, incluindo manuais escolares, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, manifestou na altura a convicção de que o Acordo Ortográfico vai entrar em vigor em todos os Estados da CPLP já nos próximos anos.

Alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico

Caberá aos novos dicionários apresentar aos portugueses as novas regras da grafia do Português.

Numa primeira abordagem ao guia, ficamos a saber que o abecedário passa a ter 26 letras, graças à introdução do "K", "W" e "Y", a partir de agora oficialmente na família das letras lusas.

Quanto ao hífen, o "traço" que separa as palavras, deverá ser suprimido caso a segunda palavra comece por "R" ou "S". Por exemplo, na palavra "anti-semita", o hífen desaparece e passa a escrever-se "antissemita".

Uma alteração que se fará notar tem a ver com a queda das consoantes mudas, operação que vai aproximar mais a língua escrita da língua falada. Deverá por isso habituar-se a escrever "óptimo" sem o "P" e selecção apenas com o "C de cedilha".

Uma outra alteração tem a ver com o desaparecimento do acento circunflexo em algumas formas. Como no caso da palavra "lêem", que passa a "leem".

Paulo Alexandre Amaral, RTP

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quinta-feira, 13 de março de 2008

Brasileira denuncia tratamento degradante das autoridades espanholas no aeroporto de Madrid

Nom sei se vistes nestes dias na televisom que há um conflito aberto entre as autoridades brasileiras e espanholas polo rechaço destas a pessoas de procedência brasileira que chegam ao aeroporto de Madrid, apesar de elas trazerem visto. Acho que nas televisons espanholas nom foi possível conhecer a versom de Patrícia Camargo Magalhães, cidadá brasileira que filmou e denunciou o tratamento que recebem alguns estrangeiros no aeroporto de Barajas. Coloco-vos aqui o vídeo de um canal brasileiro em que ela narra o que lhe aconteceu, e assim também praticamos a compreensom de um documento audiovisual autêntico em português do Brasil, ok?

Também coloco em baixo a carta que ela publicou para denunciar o acontecido com ela e com outras pessoas procedentes de países da América Latina no aeroporto da capital espanhola. Tem em conta que está escrita em português do Brasil, um bocadinho diferente do lusitano!



Meu nome é Patrícia Camargo Magalhães, tenho 23 anos e sou mestranda em física na USP. Dia 9 de fevereiro embarquei no vôo IB6820 saindo de Cumbica (Guarulhos) com destino a Madrid, local em que faria escala e seguiria ao destino final: Lisboa. Em Lisboa iria apresentar meu trabalho de pesquisa na conferência Scadron70, que começou dia 11/02 e termina 16/02. No entanto, a falta de documentos em mãos que provassem a minha estadia em Lisboa fez com que ficasse retida na aduana, sobre a desculpa inicial de verificação da quantidade de dinheiro que eu carregava. Ainda sem entender ao certo o que estava acontecendo, me dirigi ao local indicado e esperei ser chamada.

Cheguei ao aeroporto de Madrid 9h30 da manha de domingo. Ás 13h30 ainda esperava que alguém viesse falar comigo. Por diversas vezes ressaltei delicadamente à polícia que perderia a conexão para Lisboa. A resposta era sempre a mesma: “Senta-te, espera, si perdes el vuelo después te darán otro”.

Finalmente (após quatro horas esperando sem saber o que poderia acontecer), um policial apareceu com um pilha de passaportes nas mãos e foi chamando os brasileiros que iam então sendo liberados. E então percebi que todos os homens tinham sido liberados e só restaram as mulheres, em sua maioria negras e mulatas. Quando, depois de 5 horas de espera, chegou um outro avião da Venezuela, muitas outras mulheres se juntaram a nós e fomos todas levadas para o outro aeroporto onde ficaríamos presas por 3 dias até sermos enviadas de volta, na manhã desta terça-feira (12) às 11h35, no vôo IB6821.

Presa em situação parecida comigo, Camille Gavazza Alves, baiana de 34 anos, estava indo estudar inglês em Dublin, Irlanda. Tem um trabalho fixo na Companhia Petrobrás e havia conseguido uma licença de seis meses para freqüentar o curso. Possuía toda a documentação necessária para provar o motivo da viagem e foi deportada pelo governo espanhol sob a acusação de não conseguir provar os motivos – a mesma razão que alegaram para o meu caso.

Como nós, havia outras mulheres em situação parecida. Nádia, funcionária pública em Maringá (PR), pretendia visitar sua filha durante seu mês de férias. A filha de Nádia vive legalmente na Espanha há um ano e meio e seria a primeira visita da mãe à Madrid.

Ficamos presos no último andar do aeroporto, sem comunicação alguma com o mundo exterior a não ser por um telefone público para o qual era preciso comprar cartão. Éramos homens e mulheres de diversas nacionalidades, todos latinos e alguns africanos, ao todo mais de cem pessoas. O consulado brasileiro na Espanha foi acionado por nós e pelo Brasil, diversas vezes e por muitas pessoas diferentes, e nada fez frente ao nosso chamado de socorro. Nem ao menos respondeu nossas ligações.

Do telefone público da sala, mobilizei amigos que já estavam no congresso em Lisboa e família no Brasil, para que me mandassem provas de que eu estava devidamente inscrita no congresso e possuía reserva no hotel para o período do congresso.

As 14h30 da segunda-feira (11), por fim fui chamada para uma entrevista com a polícia, um advogado e um intérprete. A entrevista durou até em torno de 16h e foi a primeira vez, desde domingo de manhã, que fui ouvida pelas autoridades espanholas. Ao final, li meu depoimento cuidadosamente e por duas vezes pedi que ele fosse corrigido. Nele constava minha profissão, o valor da bolsa de mestrado, o motivo da viagem, a quantidade de dinheiro que eu levava, provas materiais como a cópia do meu pôster de apresentação, a capa de um artigo científico que levava meu nome, além de telefones de muitas pessoas e lugares em Lisboa que poderiam comprovar tudo.

Porém, de nada adiantou tudo isso. Nenhum telefonema foi dado, a minha carta estava pronta antes mesmo de terminar a entrevista (o horário do documento é 14h). Quando questionei a polícia a esse respeito, os agentes disseram que nada poderiam fazer e que quem decidia sobre quem seria enviado de volta ou aceito era o chefe da polícia. Perguntei: “Mas onde está o chefe da polícia?” e pedi que especificassem quais documentos faltavam. Fui ignorada. Não assinei a carta de expulsão.

Não levaram em consideração minhas explicações em momento algum. Me deixaram presa em um cárcere sem grades mas com regras. Fui privada da minha liberdade e de meus objetos de higiene pessoal – não pude ficar nem com minha escova de dente, pílula, ou qualquer outro artigo de higiene. Tampouco aceitaram os documentos e comprovações enviados por fax ou ligaram para os telefones fornecidos por mim para confirmar as informações. Fizeram a carta de expulsão antes mesmo de me ouvir quando pude falar.

Sobre as instalações do cárcere só tenho a dizer que se tratava de um ambiente degradante. No primeiro dia, não havia lugar para todos sentarem e tive que ficar uma boa parte do dia sentada no chão, inclusive na hora do almoço. Na janta, fazia frio não queria comer no chão, então fui comer sentada na bancada do banheiro.

Isso tudo é uma clara demonstração de preconceito social e sexual, e ainda uma violação clara dos Direitos Humanos e do Tratado de Fronteiras Shengen, do qual eles mesmos se utilizaram para me colocar fora de seu país. O próprio advogado presente na minha entrevista ficou irritado com a má-vontade em ouvir as pessoas entrevistadas.

Algo deve ser feito. O governo brasileiro não pode permitir que seus compatriotas sejam tratados de forma degradante. De minha parte, estou me informando para entrar com um processo contra o governo espanhol, via Itamaraty ou diretamente na corte espanhola (com o advogado que me acompanhou na entrevista) para reembolso da passagem e danos morais. No Brasil, vou processar o serviço consular brasileiro na Espanha – que não fez o seu trabalho.

Estou à disposição para outros esclarecimentos.

Atenciosamente,

Patrícia Camargo Magalhães


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sábado, 8 de março de 2008

Umha espanhola e um espanhol opinam (em Lisboa) sobre o debate Zapatero-Rajói


Achei interessante mostrar-vos estas imagens da televisom pública portuguesa, oferecidas por um telejornal no dia do debate eleitoral entre Zapatero e Rajói. Som entrevistados umha mulher e um homem, os dous espanhóis: reparai no bom português dela e no português? dele, e no comentário final do entrevistador.

O certo é que começa a haver em Portugal umha sensaçom, bastante justificada, de os espanhóis acharem desnecessário falar português. De facto, o segundo interveniente desta reportagem filmada na Casa de Espanha de Lisboa mora em Portugal há mais de vinte anos.

Nom é incrível?

O vídeo tem má qualidade nos primeiros segundos, mas logo fica bom...

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quarta-feira, 5 de março de 2008

'Saudade' é considerada a sétima palavra mais difícil de traduzir entre todas as línguas do mundo

Coloco-vos umha notícia curiosa publicada no jornal brasileiro Folha de São Paulo. Fala de um estudo británico segundo o qual umha palavra galego-luso-brasileira, 'saudade', ocupa o sétimo lugar entre as de mais difícil traduçom em todas as línguas do mundo.

Saudade "é a 7ª palavra mais difícil de traduzir"

da BBC, em Londres

Uma lista compilada por uma empresa britânica com as opiniões de mil tradutores profissionais coloca a palavra "saudade", em português, como a sétima mais difícil do mundo para se traduzir.

A relação da empresa Today Translations é encabeçada por uma palavra do idioma africano Tshiluba, falando no sudoeste da República Democrática do Congo: "ilunga".

"Ilunga" significa "uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez".

Em segundo lugar ficou a palavra "shlimazi", em ídiche (língua germânica falada por judeus, especialmente na Europa central e oriental), que significa "uma pessoa cronicamente azarada"; e em terceiro, "radioukacz", em polonês, que significa "uma pessoa que trabalhou como telegrafista para os movimentos de resistência ao domínio soviético nos países da antiga Cortina de Ferro".

Contexto cultural

Segundo a diretora da Today Translations, Jurga Ziliskiene, embora as definições acima sejam aparentemente precisas, o problema para o tradutor é refletir, com outras palavras, as referências à cultura local que os vocábulos originais carregam.

"Provavelmente você pode olhar no dicionário e [...] encontrar o significado", disse. "Mas, mais importante que isso, são as experiências culturais [...] e a ênfase cultural das palavras."

Veja a lista completa das dez palavras consideradas de mais difícil tradução:

1. "Ilunga" (tshiluba) - uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez.

2. "Shlimazl" (ídiche) - uma pessoa cronicamente azarada.

3. "Radioukacz" (polonês) - pessoa que trabalhou como telegrafista para os movimentos de resistência o domínio soviético nos países da antiga Cortina de Ferro.

4. "Naa" (japonês) - palavra usada apenas em uma região do país para enfatizar declarações ou concordar com alguém.

5. "Altahmam" (árabe) - um tipo de tristeza profunda.

6. "Gezellig" (holandês) - aconchegante.

7. Saudade (português)

8. "Selathirupavar" (tâmil, língua falada no sul da Índia) - palavra usada para definir um certo tipo de ausência não-autorizada frente a deveres.

9. "Pochemuchka" (russo) - uma pessoa que faz perguntas demais.

10. "Klloshar" (albanês) - perdedor.

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terça-feira, 4 de março de 2008

Compreensom auditiva: Santana Lopes abandona entrevista

Santana Lopes é um dirigente da direita portuguesa, ex-presidente da Cámara Municipal de Lisboa. Neste vídeo, ele abandona umha entrevista em directo num telejornal da SIC. Proponho-vos umha tarefa de compreensom auditiva a partir dele, com cinco perguntas de escolha múltipla, em que só umha resposta é certa. No fim do exercício, podedes conferir o resultado.

Espero que gostedes e boa sorte!





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Fado na Corunha

Se gostardes de fado e tiverdes tempo para vos deslocardes à Corunha, estades de sorte: o Teatro Colón recebe a partir de sexta-feira um ciclo de três concertos de fado por Ana Moura, Argentina Santos e Paulo de Carvalho.

Ana Moura é a responsável polo concerto de abertura deste ciclo, que se realiza no Teatro Colón. A cantora estará acompanhada polo guitarrista e também cantor Jorge Fernando, que acompanhou e foi o produtor de Amália Rodrigues nos seus últimos discos.

O segundo concerto, que se realiza sábado, levará ao teatro Colón Argentina Santos, que representa a corrente mais tradicional e castiça do fado, na melhor tradiçom lisboeta.

O ciclo termina dia 14 com Paulo de Carvalho, cuja carreira extravasa em muito o fado, mas tem no fado umha das suas mais notáveis expressons, na sua dupla faceta de cantor e compositor de alguns dos mais conhecidos fados das últimas décadas.

Neste concerto, Paulo de Carvalho, que tem dous discos dedicados exclusivamente ao fado, irá interpretar alguns dos seus mais conhecidos temas, entre os quais fados seus que fôrom celebrizados por outros cantores, como Carlos do Carmo e Mariza, entre outros.

Enfim, o cartaz promete...

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domingo, 2 de março de 2008

Preparando a viagem: fotos 'frescas' do Porto

Sábado viajei ao Porto para tentar preparar um bocadinho a viagem que faremos nos dias 26 e 27 de Abril. Queria ter certeza de que o Palácio da Bolsa valia a pena -nom o conhecia e valeu, sim-, dos horários, etc. Também estivem a ver as opçons de alojamento e acho que encontrei um hotel melhor do previsto inicialmente. Já vos contarei mas, entretanto, deixo-vos ver algumhas fotos da visita, que eu próprio tirei, para quem ainda nom conhecer a cidade ter umha pequena amostra.

Barcos rabelos no Douro, com Vila Nova de Gaia ao fundo.
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Estátua de Vímara Peres, em frente da Sé Catedral. Vímara Peres foi um galego de Pontedeume que fundou Guimarães e conquistou o Porto no século IX.
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Gaivotas com o Douro e as caves do Vinho do Porto ao fundo.
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Vista nocturna do Porto. Ao fundo, a Câmara Municipal.
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Casas na praça da Ribeira.
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Ponte de Ferro ao fundo, vista do Cais da Ribeira.
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Pormenor de um edifício na rua que desce para a Ribeira.
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Imagen nocturna da Igreja de São Ildefonso.
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Na verdade, som só uns poucos exemplos do que pode ser visto no Porto. Espero que ajude a vos animar para virdes. Temos que encher a camioneta!


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